As orelhas proeminentes podem trazer muito sofrimento ao paciente, principalmente em crianças e adolescentes vítimas de bullying.
Essa cirurgia traz qualidade de vida para quem sofre com o problema.
A partir dos 6 anos de idade. Interessante que é uma cirurgia muito realizada em adultos também.
Anestesia local e sedação. O paciente dorme durante a cirurgia.
As cicatrizes são posicionadas na parte de trás das orelhas.
O paciente pode sentir dor nos primeiros dias, mas melhora com analgésicos. Internado em hospital-dia, não necessitando dormir no hospital.
Ele vai para casa com um curativo acolchoado que retira no primeiro ou segundo dia após a cirurgia.
Depois, oriento o paciente a usar uma faixa de malha por 30 dias (mulheres usam durante todo dia e noite, e homens apenas quando estiverem em casa e à noite ao dormir).
Como crianças são muito ativas, oriento voltar à escola após 7 dias, ou antes caso a escola consiga monitorar e controlar a criança, para evitar traumas diretos nas orelhas (exemplo: ao brincar com colegas, cair ao correr, etc.).
Mas atividades físicas somente após 30 dias. Adultos podem voltar ao trabalho após 4 dias.
No dia seguinte já é percebido o novo posicionamento das orelhas e sua nova forma, mas ainda com inchaços e arroxeados.
As orelhas ficam inchadas por várias semanas após a cirurgia e, aos poucos, vai chegando ao resultado desejado.
Aos 3 meses, já está próxima do resultado final, que será alcançado após 6 meses.
É um procedimento que utiliza fios para fechar a orelha em abano, realizando pontos através da parte anterior da orelha.
Os fios são inseridos por pequenos cortes, onde são passados, apertados e suturados a fim de fechar a abertura das orelhas. Mas, é uma técnica que tem muitas limitações pois não consegue corrigir as várias alterações presentes nas orelhas em abano.
As orelhas em abano podem ter uma ou mais das seguintes alterações:
– a parte superior da orelha ser mais aberta devido a um apagamento de uma das dobras que ela deveria apresentar na sua parte anterior e superior, chamada de anti-hélice
– ter a sua parte chamada concha em tamanho desproporcionalmente maior e mais profunda, fazendo com que a orelha fique mais afastada da cabeça
-“abano” do lóbulo da orelha
Por isso, essa técnica não consegue corrigir todas essas situações e apresenta algumas desvantagens:
– a chance da orelha em abano voltar é muito maior nessa técnica do que na otoplastia convencional
– não serve para qualquer orelha em abano;
– não corrige o afastamento da orelha da cabeça;
– não corrige o tamanho da concha;
– não corrige o abano do lóbulo. Pelo contrário, pode piorá-lo;
– é maior o risco de resultados estigmatizados, não naturais.